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Cura para algumas
doenças do coração pode estar nas Pesquisas com células-tronco adultas, que começam a ser realizadas esse ano no Brasil, representam uma nova esperança para pessoas com determinadas doenças do coração, que antes só tinham chance de vida com um transplante. No Hospital Cardiológico Costantini, uma das instituições escolhidas pelo Ministério da Saúde para o desenvolvimento da pesquisa, pacientes com infarto agudo do miocárdio farão parte da pesquisa.
O cardiologista Costantino Costantini, diretor
geral do hospital e coordenador da pesquisa na instituição, explica
que os pacientes com essas patologias receberão células-tronco
extraídas da própria medula. Elas deverão reconstituir tecidos do
coração e recuperar funções debilitadas pela doença. A pesquisa com
células-tronco adultas começou há aproximadamente 10 anos, na
Europa. Em paralelo a este trabalho, o hospital também se dedica a pesquisas sobre outras alternativas para os cardiopatas. Entre elas, novas técnicas para impedir que os pacientes que precisam de implantação de stents (malha metálica que desobstrui a passagem sanguínea no coração), corram o risco de sofrer a reestenose, ou seja, a reincidência de entupimento da artéria coronária por placas de gordura. Para o cardiologista Costantini, as pesquisas e a prevenção ainda são formas eficientes de reverter o quadro das doenças cardíacas no Brasil e no mundo. No Brasil, as doenças do coração continuam sendo as que mais matam. A última pesquisa publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Atlas de Doenças Cardíacas e Derrames, aponta que 17 milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo por doenças do coração. O Brasil aparece em 9º lugar na lista. Em 2002, foram registradas aproximadamente 140 mil mortes no Brasil por este tipo de doença. A pesquisa prevê, ainda, que no ano 2030 as doenças cardíacas causarão a morte de 24 milhões de pessoas por ano no mundo. O cardiologista Pedro Henrique Reis, do corpo clínico do Hospital Cardiológico Costantini, confirma que a melhor forma de amenizar esses números é com a prevenção. “O trabalho de conscientização deve começar nas bases, como escolas e nas próprias famílias”, diz o especialista. “Além disso, a reeducação alimentar e o combate ao sedentarismo podem fazer a grande diferença na luta contra as doenças do coração”, completa. _______________________________________ |