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Estudo de cromossomos revela deserto de genes 

Cientistas nos EUA apresentaram ontem os primeiros resultados do seqüenciamento genético de mais dois cromossomos humanos: 2 e 4

Herton Escobar

A pesquisa identificou uma série de "desertos genômicos" - grandes regiões que não codificam proteínas -, além de vestígios da fusão de dois cromossomos simiescos para formar um cromossomo humano.

O cromossomo 2, segundo maior do genoma humano, teria se formado a partir da união de dois cromossomos de chimpanzé, depois que macacos e humanos divergiram de um ancestral comum, alguns milhões de anos atrás. Hoje, os genomas das duas espécies são 98% idênticos, mas falta identificar onde exatamente ocorreu a fusão cromossômica.

Essa é a diferença mais grosseira entre os genomas e pode vir a ter implicações funcionais importantes", comenta o brasileiro Marcelo Nóbrega, que faz pesquisas semelhantes no Lawrence Berkeley National Laboratory.

O novo estudo, publicado na revista Nature, é coordenado pelo Genome Sequencing Center da Washington University. De acordo com o seqüenciamento final, o cromossomo 2 tem 237 milhões de pares de bases (combinações das letras químicas A, T, C e G) e o cromossomo 4, 186 milhões.

Ambos possuem grandes trechos de seqüências inicialmente chamadas de "DNA lixo", que não têm genes (e portanto não codificam proteínas), mas, aparentemente, contêm seqüências reguladoras, que controlam o funcionamento deles. Apenas um desses "desertos" identificados no cromossomo 2 tem 10 milhões de pares de bases.
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Fonte: O Estado de S.Paulo, 8/4, reproduzido pelo JC e-mail 2743, de 08/04/2005.

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