Crônicas Cadastre-se!!! Links parceiros Links

Links Humor

Justiça favorece usuário de plano 

BRASÍLIA. Levantamento inédito analisou centenas de ações judiciais de usuários de planos de saúde privados contra as operadoras nos últimos dois anos e revela que o consumidor é o grande vitorioso nessa batalha. De 632 decisões proferidas por Tribunais de Justiça entre junho de 2004 e março de 2005, 507 (80,22%) foram favoráveis aos usuários em 1 instância. As empresas recorreram das liminares e a Justiça manteve, em 2 i nstância, 453 (71,68%) decisões. O estudo não revela qual o tempo médio de uma ação dessas na Justiça.  

A maioria das ações (55%) questiona a exclusão e a limitação da cobertura dos planos, que recusam procedimentos como internação, transplante, tratamento de quimioterapia e hemodiálise. A pesquisa foi encomendada pelo Laboratório de Economia Política da Saúde da Universidade Federal do Rio (UFRJ) e será apresentado hoje, em seminário no Rio.  

O estudo "Os planos privados de saúde e a efetividade da Justiça" foi feito nos tribunais de Rio e São Paulo, estados que concentram 22,2 milhões dos beneficiários de planos, que representam mais da metade (57,5%) do total de usuários do país. Os 632 processos analisados são os agravos de recursos impetrados pelas empresas, que recorreram de decisões de 1 instância.  

Para os autores da pesquisa, surpreendeu o fato de a recusa de cobertura superar problemas como reajustes abusivos e exigência de carência mínima para ter direito a determinados tratamentos.  

"A grande maioria das decisões se pronuncia contra os interesses das empresas, em favor da saúde e da vida do usuário", diz o relatório.  

As principais recusas de cobertura dos planos referem-se à garantia de próteses, tratamento contra câncer e obesidade mórbida, cirurgias de transplantes, hemodiálise, entre outros. O estudo mostrou que, em 1 instância, as decisões sobre cobertura foram favoráveis em 73,28% dos casos. Em 2 instância, esse número caiu para 65,80%.  

Para a coordenadora do Laboratório de Economia Política da Saúde da UFRJ, Lígia Bahia, o levantamento tem enorme validade científica por ter considerado decisões judiciais de um universo grande, não apenas de uma pequena amostra. Para ela, o resultado da pesquisa demonstra que o Judiciário tem clareza do direito do usuário.  

Uma das autoras da pesquisa, a consultora jurídica Andrea Lazzarini Salazar, diz que nem sempre as principais queixas nos Procons contra os planos são as mesmas levadas aos tribunais. Segundo ela, a nova lei dos planos, de 1999, não resolveu os principais problemas dos usuários.  

____________________________________ 

Fonte: Fonte O Globo - Notícia publicada no Boletim N.º 364 - em 28/04/2005.
Notícia enviada de http://www.lauranews.com/not_mta.asp?nID=10919 em 28/04/2005

Voltar

Cadastre-se

Imprimir Notícia