
Cientistas dizem ter
criado células-tronco 'sob medida'
Roland Pease

Técnica
seria
grande
passo
rumo
à
cura
de algumas
graves
doenças
Cientistas da Coréia do Sul anunciaram ter criado as primeiras
células-tronco embriônicas humanas que podem ser desenvolvidas de
acordo com as necessidades dos pacientes.
Eles
retiraram
material
genético
das
células
da
pele
de
alguns
voluntários
e as inseriram
em
óvulos
de
doadores
que
não
tinham nenhuma
relação
com
eles.
Desta
forma,
os
pesquisadores
dizem
ter
criado
células-tronco
que
podem
ser
cultivadas de
modo
a se
tornar
qualquer
tipo
de
tecido
celular
do
corpo
humano.
Eles
afirmam
que
este
pode
ser
um
primeiro
passo
para
tornar
realidade
a
criação
de
tecidos
em
laboratório
para
uso
em
transplantes.
Fins reprodutivos
Descrevendo os
resultados
da
pesquisa
na
revista
Science, os
cientistas
sul-coreanos disseram
que
não
seria
seguro
usar
para
fins
reprodutivos
os
óvulos
que
passaram
pela
transformação. O
novo
estudo
vem sendo considerado
um
grande
avanço
nas
pesquisas
com
as células-tronco.
Ela
dá
seqüência
a
um
trabalho
que
havia sido divulgado
pelos
mesmos
cientistas
no
ano
passado,
quando
eles
transferiram
material
genético
de uma
mulher
para
dentro
de
um
dos
óvulos
dela.
Na
ocasião,
porém, o
índice de
sucesso na
experiência
era
baixo
demais
para
permitir
aplicações
práticas
-
em
mais
de 200
tentativas,
apenas
uma delas permitiu o
desenvolvimento
de uma
cultura
de células-tronco.
Com
o
aprimoramento
da
técnica,
o
índice
de
sucesso
agora
é
maior.
Os
estudiosos
estimam
que
uma
em
cada
dez
ou
15
tentativas
dá
resultado.
Pessoas diferentes
Além
disso, no
novo
estudo
foram usados
óvulos
e
material
genético
de
pessoas
sem
vínculo
de
parentesco,
muitas
vezes
com
sexo
e
idades
diferentes.
"Esta
pesquisa
representa
um
imenso
passo
rumo
ao
dia
em
que
as
mais
devastadoras
doenças
e
ferimentos
poderão
ser
curados
com
o
uso
de células-tronco
terapêuticas",
disse o
professor
Woo Suk Hwang,
um
dos
líderes
da
pesquisa.
Um
dos
objetivos
do
estudo
foi
encontrar
formas
de
desenvolver
materiais
para
transplantes
que
tivessem
um
perfil
genético
idêntico
ao do
paciente
e,
assim,
não
corresse o
risco
de
ser
rejeitado
pelo
sistema
imunológico do
receptor.
Os
pesquisadores,
entretanto,
salientaram
que
ainda
irá
demorar
até
que
transplantes
seguros
de
tecido
possam
ser
feitos
para
a
cura
de
doenças
como
o
mal
de Parkinson
ou
a diabete.
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Fonte:
BBCBrasil.com.
Disponível
em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/ |