Crônicas Cadastre-se!!! Links parceiros Links

Links Humor

Responsabilidade social e envelhecimento.
O que as empresas têm a ver com isso?
 


Este foi o título da monografia que a pesquisadora mentora Ana Maya Goto Uyehara, economista, apresentou e foi uma das ganhadoras no Concurso Talentos da Maturidade, 6 edição, promovido pelo Banco Real. Segundo ela, se o homem está vivendo mais, e os sistemas previdenciários do Brasil e do mundo não foram desenhados para essa situação, o trabalhador deverá se aposentar cada vez mais tarde, ou continuará trabalhando após a sua aposentadoria para suprir as suas necessidades básicas. 

A pesquisadora comenta que a longevidade foi a conquista da humanidade no final do século XX. Entretanto, se estamos vivendo mais anos, queremos vivê-los com qualidade de vida. E adverte que esse é o grande desafio para a maior parte dos idosos brasileiros que, apesar das inevitáveis perdas físicas, ainda precisam garantir sua autonomia financeira para viver dignamente, tendo em vista que as aposentadorias têm sido insuficientes para os gastos básicos desse segmento com medicamentos e assistência médica. 

E acrescenta: se o idoso não acumulou uma poupança em épocas de “vacas gordas”, ou não possui proventos de aluguéis de imóveis próprios, resta-lhe o desempenho de uma atividade remunerada (formal ou informal) para complementar a sua renda. 

De acordo com a pesquisadora, para a empresa, a contratação de idosos representa uma oportunidade de resgatar o valor humano (capital intelectual), a prática do marketing interno como forma de reconhecer o funcionário como o maior patrimônio da empresa, aliada à necessidade de adequação ou criação de produtos sob medida para o consumidor que também está envelhecendo. Além disso, a implantação da política da “diversidade” (política de misturar o “sangue novo” à experiência dos veteranos da empresa, ou vice-versa) proporciona à empresa vantagens em termos de criatividade e aperfeiçoamento de produtos e processos. 

No entanto, a pesquisadora aponta outro fator primordial, que é a memória organizacional que pode se perder por ocasião da saída dos funcionários mais velhos, resultando no enfraquecimento da cultura da própria empresa e até a perda da identidade da mesma. Conclui dizendo que “descartar os mais velhos, então, pode ser desastroso para a empresa, além de resultar em falta de confiança e comprometimento dos funcionários mais jovens que assistem as decisões da empresa”. 

O trabalho apresentado no concurso foi extraído da monografia que Ana Maya Goto Uyehara vem desenvolvendo para a obtenção do título de Mestre em Gerontologia, pela PUCSP. A cerimônia de premiação será realizada no dia 17 de novembro em local ainda a ser definido. O resultado do concurso será divulgado no site do Banco Real em 12 de dezembro de 2004 e, a partir de janeiro de 2005, os nomes dos vencedores são divulgados em todas as agências do banco.

Voltar

Cadastre-se

Imprimir Notícia