
Cadeia 5 estrelas
Dono do Maksoud
Plaza cumpre prisão
em seu próprio hotel
O empresário Henry Maksoud, dono do hotel Maksoud Plaza (um
dos mais caros de São Paulo) e de um amplo rol de imóveis e
empresas, terminou na segunda-feira (13/12) um período de 30 dias de
prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia à sua ex-mulher,
Ilde Birosel Maksoud, que tem 75 anos. Henry e Ilde se separaram em
1993 após 30 anos de casamento. O detalhe é que o empresário ficou
preso na suíte presidencial do Maksoud Plaza, com autorização
inclusive para deixar o hotel e assistir a um concerto de música
clássica.
O valor da pensão
desrespeitada é de R$ 45 mil. Na causa que trata da partilha de bens
estima-se que os valores podem chegar à casa dos 100 milhões de
dólares.
Ilde acusa Henry de
atrasar sistematicamente o pagamento das pensões, há cerca de um
ano. Os depósitos seriam feitos com valores parciais e só
complementados quando se emitem os decretos de prisão. Transitam no
Tribunal de Justiça paulista pelo menos mais três execuções que
também devem redundar em ordens de prisão.
Pela ordem
original, Henry Maksoud cumpriria a prisão em sua mansão de 17 mil
metros quadrados na Chácara Flora, mas sugeriu que a pena fosse
cumprida no hotel.
Segundo apurou a
revista Consultor Jurídico, a prisão domiciliar não privou
Henry Maksoud de nenhuma regalia de qualquer hóspede. Além do
serviço de quarto 24 horas, o empresário teve acesso livre aos
restaurantes, bares e lojas. O TJ paulista, que concedeu o Habeas
Corpus preventivo em favor de Maksoud, aceitou o argumento de sua
defesa que alegou problemas de saúde do empresário para justificar a
necessidade dele cumprir a prisão em regime domiciliar.
Procurados pela
ConJur, os advogados de Henry e Ilde Maksoud preferiram não
comentar o caso.
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Fonte: Revista
Consultor Jurídico, 15 de dezembro de 2004 |