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Dr. Vicente Mastrocolla
Tenho 90 anos,
nasci em 1914,
Ora Pipocas!
Por Marisa Feriancic –
pesquisadora mentora
Diretamente para o Portal
Alguns
o chamam Tio Vicente, outros de Vovô, vou chamá-lo de
Dr. Vicente. Dr. Vicente Mastrocolla vai completar 91 anos no dia
3 de setembro deste ano. Operado há dois meses de uma ponte de
safena, teve um pós-operatório de fazer inveja a qualquer um. Mora
em
São Paulo e está com um “coração novo” que continua a pulsar pela
Baixada Santista.
Reikiano1 com grau master, atua há 6
anos lecionando e aplicando essa energia a todos que precisam de
ajuda. Praticante também do Johrei2 não nega o
catolicismo e diz que tanto o Johrei quanto o Reik são energias
sagradas e que contribuíram na sua recuperação. Quando se mostra
indignado com algo, usa de uma forma enfática e muita engraçada a
palavra: Pipocas! Sua marca registrada.
O encontro
Entrevistei-o no seu apartamento, em São
Paulo, onde mora sozinho. Eu já o conhecia, mas confesso que fiquei
um pouco inibida ao começar a entrevista. Tinha preparado um
roteiro, mas fiquei embevecida com suas palavras: calmas, pausadas,
sábias, coerentes, quase proféticas. Não senti vontade de
interrompê-lo.
Tinha feito uma visita a ele no hospital e
fiquei admirada com a sua recuperação, o que motivou esta
entrevista. Não tive muito trabalho, foi só ligar o gravador e ouvir a história gostosa do Dr.
Vicente. Foi muito bom ouvi-lo, e difícil fazer perguntas. Ele me
olhava de um jeito, e eu pensava: o que vou perguntar para alguém
que já viveu 90 anos e que não se assusta, nem se surpreende com
perguntas, respondendo sem espanto ou constrangimento?
Como se faz para
conseguir isso, esse bem viver, essa disposição? Não esperem dele
uma responda porque não existe uma receita. As velhices são várias,
cada um constrói a sua.
Quando olhamos para o
Dr.Vicente e conversamos com ele, são anulados, imediatamente, todos
os estereótipos criados sobre a velhice. A figura do velho,
preconizada pela nossa cultura, sem energia,
acabrunhado, com dores, depressivo, resmungão e sem vida,
não combina com os 90 anos dele. Na verdade, para nós,
gerontólogos, essa imagem não é prerrogativa do velho e nem
parâmetro para se caracterizar a velhice.
A
história
Dr. Vicente é Juiz de Direito e aposentou-se em
1964, com apenas 50 anos. Foi casado com D. Cecília de quem ficou
viúvo em 1997. Tiveram 1 casal de filhos que lhes deram 4 netos e 2
bisnetas. Fala com muito carinho da família e tem muito orgulho dos
netos. Viveu em Santos durante 35 anos e agora está em São Paulo
recuperando-se de uma cirurgia de ponte de safena. Ele está muito
bem, e diz que seu coração ainda mora em Santos, é para lá que ele
quer voltar.
Ele não atende ao telefone. Diz que não ouve
direito seu toque e arrumou uma forma sofisticada de comunicar-se.
Tem um fax na sala e quando a família quer comunicar-se com ele,
manda-lhe um fax. Foi feita uma instalação elétrica na sala de
visitas, que funciona da seguinte forma: quando recebe um fax, uma
luz vermelha se acende (essa luz fica em frente ao sofá), ele vê a
luz acesa e sabe que tem algum recado para ele. Vai até o fax, pega
a mensagem, lê e toma conhecimento do recado. O fax substitui também
a campainha da casa, já que também não a ouve tocar. Quando cheguei,
ele já tinha recebido o fax da filha e deixou a porta aberta para eu
entrar. Aliás, mostrou que já tinha recebido três fax.
Dr. Vicente tem dificuldade para ouvir, e não
gosta de usar aparelho auditivo, mas não tivemos problemas para nos
comunicarmos. Ele tem uma memória invejável, lembra dos fatos com
detalhes. Ele é discreto, alegre e bem humorado.Tem uma pessoa que
ajuda nos afazeres domésticos e depois da cirurgia os filhos acharam
melhor ter também um acompanhante1 à noite. Ele tem seu
parecer sobre isso:
Bobagem! Não acho que precisa dormir alguém aqui.
Os filhos se preocupam muito comigo. Eles dizem que eu não dou trabalho,
mas eu sei que dou trabalho sim.
Dr. Vicente nasceu em Limeira no dia 3 de
setembro de 1914, e conta como foi:
Peguei o finzinho da Grande Guerra. Morei pouco
tempo em Limeira. Perdi meu pai, Salvador, quando tinha 4 anos.
Tenho pouca lembrança dele. Aos 8 anos mudamos para
São Paulo. Éramos em 6 irmãos. Em 20 dias, minha
mãe perdeu 2 filhas pequenas. Foi muito sofrido para ela. Isso foi
antes de eu nascer. Eu vim para amenizar sua dor. Eu era o caçula e
mamãe Rosa me tratava a “Pão-de-Ló”.
Todos os irmãos já se foram, só sobrei eu.
A
magistratura
Começou seus estudos no Grupo Escolar da Barra
Funda e conta um pouco da sua história. Percebo que ele se esforça
para controlar a emoção, principalmente quando fala da mãe. Não faço
perguntas. Às vezes ele não quer detalhar o assunto. Fico ouvindo e
respeito seu depoimento, mesmo quando fragmentado.
E ele continua sua história:
Saí do Grupo Escolar aos 13 anos e fui morar
num internato em Jaboticabal, tinha um tio que morava lá. Fiquei
interno num colégio particular até os 18 anos. Foi uma época
difícil. Quando me formei, mamãe foi para a minha formatura, mas não
chegou a assistir. Ela ficou muito doente e veio embora, eu também
vim, nem compareci a formatura. Mamãe foi operada e logo depois
faleceu, aos 52 anos. Muito nova. Ela trabalhou muito, pagava os
meus estudos e do meu irmão. Era uma mulher pequenina por fora, mas
um gigante por dentro. Mamãe cuidava de tudo. Não tinha nem tempo de
fazer suas orações direito.
Ingressei na
Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1933, com 19 anos.
Aquela época a faculdade era paga. Meu sonho era estudar medicina,
mas depois resolvi estudar direito.Tinha um irmão médico e achei que
um já era suficiente na família. Adoro medicina até hoje. Modéstia à
parte, eu acho que seria um bom médico. Sou muito observador e
especulador.
O inicio da
Faculdade... foram anos complicados. A partir do segundo ano eu
consegui uma bolsa de estudo. Formei-me aos 24 anos e com 28 me
casei com a Cecília.Quando eu me formei as coisas melhoraram. Fui
trabalhar no Tribunal do Júri como Oficial de Justiça. Fiquei lá
durante 6 anos. Era amigo do Miragaia, o grande Miragaia. Conheci
grandes advogados naquela época, grandes oradores, gente
maravilhosa. Fiquei com uma bagagem muito boa. Eu trabalhava muito,
lecionava de manhã, à tarde e à noite, e tinha dias em que não via
nem minha esposa.Um dia, eu e outros colegas fomos despedidos da
escola. Recebi o ”bilhete azul”. Fiquei muito chateado, aborrecido à
beça. Tinha as contas para pagar, não podia ficar sem emprego.
Nesse mesmo dia,
eu estava saindo da escola, tarde da noite, quando passei por uma
sala no térreo e vi um professor sentado numa cadeira. Achei que era
uma pessoa conhecida, e era mesmo. Fiquei admirado, era um colega de
turma. Comecei a conversar com ele e “chorar minhas mágoas”. Nesse
momento ele me falou: - Você precisa fazer o concurso para
magistratura. Eu respondi a ele que não estava preparado e que não
tinha nem livro para estudar. Ele insistiu, deu-me o endereço e eu
fui embora.
Estudei, me
preparei, e fiz o concurso. Ele também fez. Eu devo um grande favor
a esse amigo, nunca agradeci pessoalmente, mas agradeço sempre nas
minhas orações. Eu e ele fomos classificados em 10 lugar,
e isso mudou bastante a minha vida. Fui trabalhar em Taubaté como
juiz substituto, e fiquei uns 3 meses. Depois fui para Valparaíso
onde fiquei durante 7 anos. Fui então para Atibaia, depois para
Franca, de Franca para Itapetininga, e de lá para Santos, onde me
aposentei em 1964. Fiquei morando em Santos numa casinha muito boa,
uma belezinha. Depois de alguns anos, apareceu um apartamento e fiz
uma troca com a casa.
Interrompi sua
fala para saber quando ele se mudou para São Paulo, capital, ele
respondeu sorrindo:
Eu não mudei de
Santos para cá, eu moro em Santos, estou aqui uma temporada.
Mentalmente eu moro em Santos, e vou voltar para lá. Eu me considero
Santista, minha correspondência oficial vai toda para lá. Gosto
daquela cidade, lá é melhor para se viver, é mais plana, melhor para
caminhar. Lá me sinto melhor e tenho muitos amigos.
Dr. Vicente tem
razão quando diz dos benefícios de voltar para Santos. Numa época em
que os idosos começam a descobrir que
a
aposentadoria não
significa fim de carreira, muito pelo contrário - e vão à
universidade, iniciam novas atividades, aprendem computação, e se
preocupam com a qualidade de vida, Santos parece uma boa opção. Ela
reúne diversas facilidades: tem um clima geralmente ameno, quase
toda plana, praias, jardins, guias rebaixadas, gratuidade e
facilidade de acesso nos transportes urbanos, várias atividades
de lazer, entretenimentos, comércio, passeios, etc.
A média de idosos
em Santos é substancialmente superior à de outras cidades do estado
de São Paulo, com 14,5% da população com, pelo menos, 60 anos de
idade.
Já em 1998, a
Organização das Nações Unidas apontava a cidade de Santos como a
primeira no estado de São Paulo em qualidade de vida, e a terceira
do Brasil.
“O coração novo”
Queria saber
sobre a cirurgia do coração. O Dr. Vicente estava tão bem que nem
falava do assunto, então, tive que perguntar. Ele me contou sobre a
cirurgia com a maior tranqüilidade e sem queixas.
Há 10 anos, mais
ou menos, tive um problema. Eu morava em Santos. Fiz uma consulta
numa clinica e um eletro deu prolapso da válvula mitral. Fiz um
tratamento, e fiquei bem, não sentia mais nada, até que um dia tive
um mal estar e uma arritmia. Novos exames e os médicos descobriram
que uma das artérias não estava irrigando o coração. Fiz o
cateterismo e não resolveu. Fiz uma angioplastia e coloquei 2 stent,
também não resolveu. E aí, o médico “me colocou na parede” e disse:
- Ou você faz a operação ou fica assim e daqui a pouco você pode ter
um enfarto - respondi a ele: - então vamos fazer já. Se você quiser
pode me operar agora, não tem problema.
Ele pediu que eu
fosse para casa para pensar, uns 5 ou 6 dias. Eu disse que não tinha
o que pensar...Pensar não adianta nesse caso.Tem que operar e
liquidar esse assunto, e foi o que aconteceu. Correu tudo
maravilhosamente bem, melhor do que eu esperava. Eu não senti nada,
absolutamente nada.
Acordei
normalmente, como se acorda de manhã. Senti uma dorzinha só no
corte, nada mais. Durante 8 dias eu não podia virar direito,
dormia de barriga para cima e tudo bem, agora já está menos
sensível. Eu não coloquei ainda minha medalha no peito (Dr. Vicente
é membro do Johrei), mas o corte está melhor, bem cicatrizado e logo
vou poder colocar minha medalha no peito novamente.
Dizem que quando
a gente acorda da anestesia acorda ruim. Eu não! Acordei como se
acorda normalmente. Eu só me lembro que me colocaram numa maca e fui
para a mesa de operação, na sala o médico se identificou e pronto,
caí no esquecimento. Acordei na UTI. Tive um ótimo atendimento, fui
muito bem cuidado. Alimentava-me bem, dormia bem, não tive medo de
nada.
Na mesa de
operação eu chamei meus filhos, me despedi, pedi perdão a eles pelas
minhas falhas, me desculpei, e me entreguei nas mãos de Deus. Eu
sabia que tudo iria dar certo, nunca tive medo de morrer.
Eu perguntei a
ele se os filhos se pronunciaram sobre a cirurgia, se foram
consultados a respeito.
Ele me
respondeu prontamente:
Eu não os
consultei, tomei a decisão na hora, queria operar, mas não podia
porque meu sangue estava muito fluido. Tomo 2 aspirinas por dia e
tinha que esperar.
Depois de uns 12 dias me
internei para fazer a cirurgia. Graças a Deus tudo correu bem.
Operei no dia 31 de janeiro, fiquei uns 20 dias no hospital, a minha
recuperação foi muito boa. Fazia vários exames por dia e os
resultados eram sempre bons. O médico me deu alta, e eu estou aqui,
muito bem, querendo voltar a minha rotina.
Eu freqüento uma
entidade messiânica e lá eu ministro o Johrei. Depois da cirurgia
estou indo 3 vazes por semana, antes, eu ia todos os dias. Eu também
aplico o Reik. Quando conheci o Reik achei muito
interessante. Há uns 6 anos fui fazer o curso e comecei a me
dedicar, lecionei Reik e fiquei trabalhando lá uns 5 anos. Fiz
todos os cursos, até o Máster.O Reik me ajudou muito na cirurgia e
no processo de recuperação. Eu gosto dos dois: do Reik e do Johrei.
Eu brinco e digo
que aplico o Reik quando precisa e o Johrei quando é necessário. Com
a cirurgia eu me afastei. Estou esperando o médico me liberar para
voltar a aplicar o Reik, ele é mais cansativo porque tenho que ficar
em pé, no Johrei posso ficar sentado. Estou no Reik há uns 6 anos e
no Johrei há uns 2 anos
Recebi uma
medalha para ser membro da igreja messiânica, mas eu sou católico. É
com a medalha no peito que eu ministro Johrei. Ela é consagrada, não
pode cair no chão, e quando eu morrer vai comigo. Todos que
ministram o Johrei têm a medalha, ela tem que estar sempre com ela
no peito. Tanto o Reik quanto o Johrei me ajudaram
muito, são energias que considero sagradas.
A energia existe
em todo lugar, na Coréia, no Japão em todos os lugares do mundo, e
essa energia, na minha interpretação, é sagrada. Deus é onipotente e
onisciente. Ele está em todo lugar. Eu considero que essa energia é
o próprio Deus. É Deus em forma de energia. Se eu quiser aplicar uma
energia para alguém à distância eu aplico e ela chega lá. Ele
recebe já essa energia. Como eu explico isso? Como essa energia está
lá? Mas quem é essa energia? De que se compõe? Para mim essa energia
é divina, do próprio Deus, e nós somos seu veículo. No Reik ela
entra pelo centro da cabeça e sai pelas mãos. Se usássemos a nossa
própria energia haveria um desgaste, ela entra e sai, você não tem
desgaste, você é só o veículo. As energias, tanto no Johrei como no
Reik, produzem o mesmo resultado.
Eu me sinto bem
ajudando os outros, porque podemos amenizar a dor das pessoas.
Podemos aplicar Reik até em pessoas agonizantes para suavizar o
sofrimento. Não podemos receitar medicamentos nenhum, não somos
médicos. Acham que a gente é todo poderoso, não é isso. No Reik,
antes de começar os trabalhos, nos damos às mãos e agradecemos a
Deus. Ao terminar, fazemos as nossas orações.
Eu perguntei se
ele se sente melhor depois da cirurgia. Ele disse que estava bem,
que teve o sinal e já foi se tratar. Diz que sempre gostou de
esportes como natação e remo, sempre caminhou muito. Acha que isso
ajudou a ter uma boa saúde.
Perguntei do
ponto de vista espiritual, o que mudou nele após a cirurgia. Ele me
olhou emocionado e respondeu:
É uma pergunta
difícil de responder. Mudou muita coisa, mudou tudo. Do ponto de
vista sentimental, tudo passou a ser melhor. Depois disso tudo, as
coisas só podem ser melhores. Tenho que agradecer a Deus. E a
todos.
Perguntei o que
incomodou mais na cirurgia. Ele disse que não tem queixas, correu
tudo bem. Perguntei sobre a alimentação. Respondeu que pode comer o
que quiser, mas deve evitar excessos de frituras e de doces e
mostrou a receita do médico onde estava escrita essa orientação.
Antes de encerrar arrisquei mais uma pergunta: - O senhor está com
muita vontade de ir para Santos. O que o aborrece aqui?
Não é que me
aborrece, é que eu gosto de Santos. Lá é minha casa, onde vivi 35
anos, quero voltar pois me sinto bem. Tenho um apartamento ajeitado
e também amigos. É só o médico me liberar, porque faz só 2 meses.
Amanhã vou ao médico fazer uma avaliação. Aí ele vai dizer se posso
dançar novamente, (ele ri). Eu gostava muito de dançar, dançava até
Tango. A dança é maravilhosa, ela movimenta o corpo inteiro.
Pipocas! Temos que terminar a entrevista
Ele foi
extremamente gentil e paciente comigo. Conversamos por 2 horas e
meia, e em nenhum momento disse estar cansado. Afinal, fez uma
cirurgia do coração, e ainda está se recuperando. Comecei a ficar
aflita por ele, pois falei pouco, tomei 2 copos de
água e
ele nenhum.
Sabia
que ele iria sair e pensei que alguém viria buscá-lo por isso não me
apressei com a entrevista. Quando lhe perguntei se estava esperando
alguém, ele disse que não, um táxi o levaria até o hospital e o
traria de volta. Ele ia fazer uma visita a um sobrinho que estava
internado. Achei que ele estava atrasado e fiquei constrangida, já
eram 18 horas. Ele me disse que não me preocupasse, que ele estava
dentro do horário. Ofereceu-me uma gelatina; eu aceitei. Estava uma
delícia!
Quase de saída, fiz a última pergunta: - O senhor
nunca bebeu ou fumou? Ele respondeu sem titubear:
Sim. Fumava 5 maços de cigarro por dia, fora os “
filados”. Tomava muito café e bebia socialmente. Eu já cheguei a
pesar 100 quilos. Um dia resolvi fazer uma dieta. Emagreci 20
quilos, parei de fumar de beber e de tomar café. Sempre fiz muito
exercício físico, e faço até hoje. Caminho 1 hora todos os
dias.
Agradeci a ele
com um beijo na testa e pedi que deixasse uma mensagem de bem viver
para os seus netos. Ele disse:
Para os filhos
também... Uma mensagem... não é muito fácil. Eu acho que tudo
depende do amor, da pureza do amor, tem vários tipos de amores..
depende do amor que você dedica. Este é o segredo da felicidade. Se
você tem amor, você tem tudo. Ele comporta tudo, tudo cabe, tudo que
você pensar, está no amor. Na pureza do amor. É uma interpretação
minha.
Ofereci uma carona até o Hospital. Nos despedimos
na porta e ele mandou um beijo com a palma da mão. E fui embora, sem
saber a “receita”. A nossa, será diferente da dele. E a minha, com
certeza, será diferente da sua.
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1A
palavra "Reiki" é de origem japonesa, e resulta da união dos fonemas
REI e KI. REI se refere à força cósmica, à energia universal. KI é a
energia da força vital: sem o KI não há vida. Quando essas duas
energias se encontram, a energia cósmica com a nossa individual,
forma-se REIKI. Vale ressaltar que o Reiki nunca foi, não é, e nem
dever ser uma religião ou seita. É uma terapia energética
vibracional para estimular a cura através das mãos, levando o seu
receptor ao um estado essencial onde, em contato com a Energia
Cósmica da Vida, recupera e harmoniza o seu próprio processo natural
de cura, identifica e adquire condições de eliminar seus traumas,
liberar problemas físicos latentes e elaborar melhor suas
preocupações. Um reikiano não pode ser formado pelas práticas
pedagógicas tradicionais, é necessário que o aspirante passe pelo
processo de iniciação, o qual só pode ser feito por um Mestre
habilitado. Na iniciação, "religa-se" o indivíduo à energia vital do
Universo. Hoje, a cada dia, mais reikianos são iniciados no Brasil e
no resto do mundo. É importante dizer que o Reiki já conta com o
reconhecimento da OMS – Organização Mundial de Saúde – como prática
terapêutica. Nos EUA e na Europa, o Reik é usado como ferramenta
auxiliar da medicina nos tratamentos pré e pós-cirúrgico. Ele pode
ser praticado em qualquer caso de doença física, emocional ou
mental, desde uma simples dor de cabeça, stress, até câncer. Vale
dizer que, em casos de doenças muito sérias, a prática do Reik não
elimina a necessidade de tratamento médico convencional. Cf. o site:
http://www.guidareiki.com.br/reik.html.
2Johrei,
de acordo com os seguidores de Mokiti Okada, é um método de
canalizar Luz Divina para o corpo de um recebedor através da palma
da mão do ministrante. Para fazer isso, o ministrante mantém a sua
mão direcionada ao local do corpo do recebedor, onde se deseja
ministrar a Luz Divina.
A Igreja Messiânica
foi criada no
Japão em 15 de junho de
1931, por Mokite Okada, chamado de Meishu Sama (Senhor da Luz).
Através do Johrei, recebem a graça, e depois, se quiserem, podem
participar das aulas necessárias para tornarem-se membros da igreja
e até aplicar o Johrei. Ver site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Johrei. |

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