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Educação e envelhecimento
garantia da cidadania do idoso
Veja os
comentários postados
O Portal/Fórum é um espaço de discussão virtual de
temas relevantes sobre o processo do envelhecimento e da velhice. O
tema escolhido deste mês é Educação e envelhecimento: garantia
da cidadania do idoso.
As pessoas ainda não se conscientizaram
da importância da educação para mudar o paradigma de velhice. A
Gerontologia Educacional é necessária tanto para os educadores como
para os educandos, porque, além de garantir novos conhecimentos
acerca do envelhecimento, ela propicia oportunidades de mudanças e
de novas aprendizagens cognitivas, atitudinais, afetivas, por parte
de quem ensina e por parte de quem aprende. É um processo
dialético em que todos se transformam em aprendizes. Não
é um mero trabalho de criar uma “cabeça cheia” de informações, mas
um trabalho de “cabeça bem-feita”, como diz Edgar Morin,
auxiliando o idoso a participar e a se manter inserido na
complexidade desse mundo atual.
Os convidados que participarão deste
Fórum são ex-professores da UNATI FITO-FEAO, em Osasco, com exceção
da Dra. Vitória (Faculdade da Maturidade da PUCSP), onde
desenvolvemos, por 5 anos, um trabalho interdisciplinar com
fundamentação teórica baseada nos novos paradigmas do
envelhecimento, na pedagogia de Paulo Freire e nos novos
conhecimentos da neurociência sobre o funcionamento do cérebro e da
plasticidade cerebral.
Gostaria muito que nesse espaço de
reflexão, a profa. Emília Moura, de História da Arte,
estivesse conosco, porque sua contribuição acadêmica na Unati foi
inestimável. Educadora brilhante, “vestiu a camisa” da gerontologia
e muito ajudou aos idosos com sua competência, sua criatividade, em
demonstrar como o homem constrói sua história e que agora era o
momento dos idosos reescreverem seu caminho, construindo estradas
onde não havia caminhos. E eles conseguiram. Obrigada minha amiga!
Agradecemos o tempo maravilhoso que esteve conosco, sua alegria
contagiante nas viagens, em que sempre aprendíamos mais um pouco,
inclusive com as piadas...De tão legal que era, o PAI a chamou,
muito cedo, para pertinho Dele. Olhe o que ficou para nós:
“Quando se aprende a morrer, aprende-se a
viver” (Morrie Schwartz)
Agradeço também aos meus outros
colegas-professores pelo envolvimento nesse trabalho educacional:
Shirley, Vicente, Jorge, Ivani, Cristina, Luís, Carlos, Esdras, Eliane,
Rosa, Roseli, Marta, Marília, Vânia, Rogério, Valéria.
Mariúza Pelloso
Lima
Espaço do Usuário
Nivaldo Pereira
comenta: |
Professora Mariuza,
Parabéns pelo ótimo artigo!
Entendo que temos que envelhecer com dignidade, procurando
superar todos os obstáculos que são impostos aos idosos, pelo
sistema. A começar pelo arrocho salarial, que o idoso sofre em
sua aposentadoria a cada ano, com os minguados reajustes, muito
embora os remédios, planos de saúde, gêneros de primeira
necessidade e outros, superaram sempre os salários. Sem contar a
falta de consideração que se tem com o idoso de uma maneira
geral.
Um grande abraço. |
Mariúza Pelloso Lima
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Nivaldo,
Você entrou no cerne da questão. É
urgente uma política educacional que conscientize as pessoas a
lutar pelos valores humanos: dignidade, solidariedade, respeito,
e não somente preencher a cabeça dos estudantes de informações,
que muitas vezes nem lhes fazem sentido. A Educação é
indispensável e fundamental para mudarmos os paradigmas
políticos vigentes e termos pessoas que lutem pelas pessoas,
pelos excluídos, carentes e não pensem somente em ter poder e
usá-los abusivamente a seu favor e de seus parentes. Veja a
diferença de aumento dos salários de certos cargos políticos e o
índice de aumento dado aos aposentados. Temos que planejar a
nossa velhice muito cedo (quando dá para fazer isto) para não
ficarmos à mercê deste salário minguado, após tantos anos
trabalhando arduamente.
Obrigado pela sua participação! |
Professor Mauro
comenta: |
Professora Mariúza,
Primeiramente a parabenizo pelo trabalho realizado. Foi bacana
visitar este espaço, que trabalha um tema que ao mesmo tempo é
muito antigo, também é muito atual, pois há muito se discute,
criam-se leis, mas de fato não é observado o principal em
relação aos idosos em nossa sociedade: o respeito. E espaços
reflexivos como este sem dúvida alguma contribui para o
amadurecimento social. |
Mariúza Pelloso Lima
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Professor Mauro,
É muito bom saber que você, como
coordenador do Curso da Escola Normal Superior da Faculdade Alfa
Castelo veja a Gerontologia Educacional como um instrumento
importante de conscientização das pessoas. Como você disse: é um
"problema velho", mas atualmente o grande número desta população
idosa exige novas respostas. Que tal seus alunos refletirem mais
nesta questão? É de máxima urgência formar educadores que
auxiliem os idosos a enfrentarem esta nova velhice.
Obrigada pela sua participação! |
Mariângela Puig Baldi
comenta: |
Olá Mariuza,
Com surpresa tomo conhecimento da
linha de trabalho que tens.
Adoro "meus velhinhos" e trabalho com eles com muito amor esperando que alguém me cuide como deles cuido hoje em dia.
Gerenciei por muitos anos uma casa de repouso e até agora, passado dois anos, não passo por lá sem que os olhos se encham
de lágrimas.
Parabéns! Cuide e cuidarão (de nós).
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Mariúza Pelloso Lima
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Mariângela,
Obrigada pelo estímulo de continuar
neste trabalho, que para mim, também é muito gratificante. Saber
que você, médica, se ocupa com este segmento etário, e o trata
com ternura, respeito e competência , me motiva mais ainda a
despertar outros profissionais a conhecerem mais de perto estas
novas necessidades dos idosos.
Obrigada pelas suas palavras e um abraço. |
Enrique Blanco
comenta: |
Me chamo Enrique, tenho 24 anos, mas
adorei os textos sobre a dificuldade que o idoso encontra para
se adaptar nos dias de hoje.
Sabe, outro dia, no Banco Bradesco,
fiquei analisando a dificuldade que o idoso enfrenta... parece
que há uma barreira gerada por eles mesmos em tentar se adaptar
aos tempos modernos. Talvez um problema subjetivo, uma fobia,
vergonha de assumir a velhice...
Tal fato me impressionou porque
havia uma fila exclusiva para idosos e gestantes dentro da
agência bancária... e muitos dos idosos que estavam na fila, com
seus respectivos carnês para pagamento do IPTU, não necessitavam
ficar na fila, já que havia outra forma de pagamento do lado de
fora do banco, usando o banco 24 horas.
Foi ai que eu notei uma resistência
por parte dos idosos, que preferiram ficar na fila a não tentar
agilizar o pagamento no caixa 24 horas. Será medo da tecnologia
ou vergonha de fazer feio na frente do monitor do banco? Será
que eles têm que provar para alguém que eles não podem errar, ou
será mais fácil levar o problema para o caixa convencional, pois
se este errar, o problema se torna do banco? Falta de informação
eu acredito que não seja, pois naquele momento eu notei que os
monitores da agência estavam dispostos a ensinar como se opera a
máquina.
O duro é fazer as pessoas se
conscientizarem de que o envelhecimento mental evolui ao passar
do tempo, diferente do envelhecimento físico e que se deve
buscar alternativas para isso! |
Mariúza Pelloso Lima
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Henrique,
Você fez uma excelente observação.
Isto acontece freqüentemente nos bancos. O idoso não se acredita
capaz de aprender esta nova tecnologia: utilizar os cartões
bancários, principalmente sem a ajuda de um parente, geralmente
uma filha, que vai junto, para sacar seu dinheiro da
aposentadoria. Daí a necessidade de conscientização, tanto da
família, como do próprio idoso, para adquirir esta habilidade.
Será que os bancos não poderiam investir neste trabalho?
Associaríamos os conhecimentos dos gerontólogos com os dos
bancários e criaríamos "mini treinamentos" para eles. Acho que
todos sairiam ganhando e o idoso se sentiria mais seguro e
auto-confiante, sendo ele mesmo capaz de operar suas finanças.
Quem sabe algum banco tenha esta iniciativa inovadora. Estaremos
aqui para colaborar, pois nossa função na gerontologia é
justamente organizar, descobrir, criar novos caminhos para este
segmento etário permanecer incluído em todos os setores sociais.
Sua colaboração foi de grande valia.
Obrigada. |
Meire Chaves
comenta: |
A matéria "O idoso aprendiz" é
maravilhosa, nos faz refletir. As vezes precisamos rever nossos
conceitos, pois não nos damos conta de quanto o tempo passa
rápido, e quantas coisas deixamos passar porque estamos
preocupados com o futuro, sem perceber o presente. Nós
envelhecemos dia a dia sem perceber, e essa matéria nos faz
perceber que envelhecer é agregar experiências e não deve ser
encarada como algo ruim.
Parabéns não só pela matéria, mas
por ser uma pessoa tão simpática e entusiasmada, tenho aprendido
muito com suas aulas.
Obrigada |
Mariúza Pelloso Lima
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Meire,
Obrigada por te visitado o Portal
Fórum. Vou lhe explicar uma coisa, que você se tornou
consciente: " Envelhecemos conforme vivemos" - Jack Messy.
Isto quer dizer que todo dia estamos
um pouco mais velhos. Seja a idade que for. Um dia mais velho,
um mês, um ano, etc. É a vida! É a vivência do presente. Importa
muito como vivemos hoje, como "saboreamos" todos os nossos
momentos, nossas relações familiares, amistosas, profissionais,
como nos sentimos, porque estamos projetando a nossa velhice:
ora com amigos e filhos por perto, ora em solidão; com alegria e
prazer (escolhendo ganhos) ou com ênfase em perdas, doenças.
Tudo dependerá das suas escolhas, ou, às vezes, de como
enfrentamos as vicissitudes da vida. Você percebeu que desde já
é importante viver bem, com entusiasmo. De certa maneira, está
planejando seu envelhecimento. Isto é muito bom! Tenho certeza
que vai ser uma excelente administradora, inclusive da sua VIDA!
Um abraço. |
Eduardo Ortiz comenta: |
Olá Mariúza,
Muito bacana seu artigo, você sempre
centrada e apaixonada por este tema... Concordo que a educação
continuada é o caminho para uma vida feliz, produtiva e com
dignidade, enquanto ela durar. É obvio que no nosso país falta
tudo para o idoso, desde políticas governamentais, dinheiro,
assistência médica, calçadas e ruas não esburacadas e tudo o
mais que sabemos, mas a grande mudança é de atitude, está na
cabeça, e isto também vale para os idosos de qualquer idade,
para os acomodados, para os conformados!
Um forte abraço! |
Mariúza Pelloso Lima
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Dr. Eduardo Ortiz,
Como médico otorrinolaringologista,
e como um grande amigo, fiquei deveras feliz com sua
participação no fórum. Seus comentários são de pessoas que têm
consciência das dificuldades pelas quais as pessoas mais velhas
passam. Realmente, as mudanças, sejam na idade que for, só se
concretizam depois de termos modificado nossa forma de pensar.
Há muitas resistências no ser humano frente às mudanças: medo do
novo, de enfrentar o desconhecido, apesar de só assim
caminharmos em busca da felicidade. E merecemos ser felizes!
Obrigada. |
Margarida Santana comenta: |
Parabéns, professora Mariúza!
É sempre estimulante ler a sua
produção. Trabalho com idosos na Universidade Aberta à Terceira
Idade da Universidade Estadual de Feira de Santana-BA e como
você, acredito que a educação é o caminho para construir as
competências que o idoso necessita para ser um cidadão
competente na sociedade dinâmica em que vivemos. Viva ao
inacabamento do homem!! |
Mariúza Pelloso Lima
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Margarida,
Que gostoso ver que você, de tão
longe (Bahia), conhece os nossos trabalhos na gerontologia e
compactua com nossa maneira de pensar, na possibilidade do idoso
modificar seus pensamentos através da educação. Deixei de ser
coordenadora de UNATI para agir diretamente com os alunos.
Assim, percebo que meus conhecimentos de educadora, associados
aos de gerontologia, provocam mais rapidamente esta vontade de o
idoso se sentir incluído e voltar a ter auto-estima. Sabe,
muitas instituições educacionais oferecem cursos para este
segmento mas não imaginam o quanto esta população exige
especialistas que conheçam os novos paradigmas de velhice,
porque senão, não se provocam transformações. Fica somente em
ampliar informações que não atendem às reais necessidades dos
idosos. Gostam das aulas, mas não introduzem estes conhecimentos
nas suas vidas. Voltam para casa e tudo continua igual. Mudar
não é fácil em nenhuma idade, ainda mais quando temos enraizados
tantos modelos de velhice como decadência e perdas. Aprendi
muito com esta frase: "Existem dois legados duradouros que
podemos deixar aos nossos filhos: um deles, raízes; e o outro,
asas." (Hodding Carter). Eu diria que temos que auxiliar os
idosos a compreenderem suas raízes, aceitá-las, ressignificá-las
(porque o passado não tem volta), e ao mesmo tempo, ensiná-lo a
correr atrás dos seus sonhos, ter metas, perseguí-las, sentir-se
vivo e agir (projetar seu futuro, por que não?). Estarei sempre
esperando mais contato seu. Trocar experiências é ser um eterno
aprendiz. |
Mariúza Pelloso Lima comenta: |
Dr. João,
Como você explicou muito claramente,
a visão que nos passam e acabamos assimilando, é a de que só há
perdas na maturidade e velhice. Infelizmente, são poucas as
pessoas que conseguem ver e sentir esta sabedoria que de
mansinho vai chegando e nos transformando, provocando mudanças
no nosso estilo de vida, porque aprendemos a viver de forma mais
agradável, tornando a vida mais saborosa. Mas para que isso
aconteça, é preciso vontade e coragem de buscar. Muito bem
pontuado no seu texto, é preciso novos conhecimentos e vivências
partilhadas para que nossos corpos reconheçam seus limites e ao
mesmo tempo, sua plasticidade; para que nossas emoções,
afetividade se manifestem, se expandam em direção ao outro:
filhos, netos, amigos, amores. Esta educação partilhada pelo
mesmo segmentário, seja onde for, auxilia a desmanchar os
estigmas do envelhecimento e fortalece as novas maneiras de ter
e ser: uma maturidade e velhice felizes, saudáveis, rodeadas de
amigos, de sonhos. Agradeço-lhe, porque além de ser um grande
amigo, é um médico que tem uma competência muito especial: de
"olhar" as pessoas, "sentir" o que lhes incomodam e "partilhar"
as suas dores, desmistificando a velhice como exclusão, abandono
e doenças. Como aprendi com você: "a vida é feita de escolhas".
E esse fórum tem a intenção de estimulá-los a escolherem a
felicidade de serem velhos com auto-estima, e, a partir daí,
todos seus atos mudarão. Parabéns pelo seu trabalho junto aos
idosos. |
Dr. João de Souza Filho
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Cara Mariuza,
A grande questão é que as pessoas
mais jovens, especialmente as próximas, familiares, etc. não
estão preparadas para conviver com o idoso, pois desde a
infância são "instruídas" a identificar o idoso como inútil em
termos de aprendizado. São educadas para pedir benção ao avô,
avó; "obrigadas" a visitá-los nos tradicionais almoços de fim de
ano, natal, etc, fora disso esqueçam. Crescem presenciando a
velhice como um peso para seus pais que sempre tem uma
reclamação em relação aos seus pais (avós destes) e assim por
diante. Vão crescendo como se nunca fossem ficar velhos e
enxergam a velhice com uma distância imensurável. Quando
percebem que nela chegaram, a rejeitam. Rejeitam o inexorável,
e, conseqüentemente, sofrem e passam a valorizar sentimentos
limitantes (medo e tristeza), além de abandonarem sentimentos
mobilizantes (alegria e raiva).
Um abraço. |
Vera Brandão comenta: |
Mariúza e convidados,
Como é bom ver o fórum do Portal do
Envelhecimento tão vivo! É um estímulo ver que o projeto de
constituir uma rede de troca de saberes-fazeres, na busca de
comunicação e solidariedade, se fortalece com este, e outros,
temas e debates interessantes e pertinentes. Como afirma
Maturana, o que nos constitui como seres humanos é a nossa
existência no conversar... e nas redes de conversações... parte
de uma conversação em processo, como o fórum se propõe.
Parabéns a todos!!! |
Mariúza Pelloso Lima
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Professora Vera,
Que prazer ver suas palavras
dirigidas para nós no fórum! Saiba que com o seu curso de
memória autobiográfica , revi tudo o que me fortaleceu no
percurso da minha vida para que acreditasse cada vez mais na
crença de que só a "educação" nos modifica, nos torna
verdadeiramente humanos. A importância de todas as pessoas terem
acesso ao saber, às novas tecnologias é fundamental para termos
uma cultura de PAZ. É por ela que sempre estive na área
educacional, e hoje, também com os meus jovens universitários,
caminho pela gerontologia educacional. Há um longo percurso a
percorrer, mas já sinto muitos frutos desta educação
conscientizadora. Obrigada pela sua ajuda e participação. Um
beijo. |
Grácia Lopes Lima
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Professora Vera,
Tecer redes de conversa... Lindo
isso! Penso mesmo que a tarefa de nossas vidas se resume nisto:
aprender a conversar, exercício que exige saber ouvir, pensar na
palavra pronunciada - o que exige a escuta mais aguçada de nós
mesmos. Nesse sentido fico feliz com este espaço virtual, que
permite aproximar quem está longe, quem não pode sair do lugar
onde está por diferentes motivos... Prazer em conhecê-la e
obrigada pelas palavras dirigidas a nós que participamos deste
fórum sobre educação na terceira idade. |
Odete Motoshima comenta: |
Olá para todos,
Fiquei muito contente que vocês estão formando um grupo da
melhor idade. Também participei uns anos atrás com nossa amiga
Mariúza, que mostrou toda sua competência, cooperando conosco,
ajudando a esclarecer nossas dúvidas. Aprendemos muito com esse
curso, em todos os aspectos. Passamos ótimos momentos, viajando,
brincando, estudando, ouvindo palestras etc. Fiz muitas amizades
que valeram a pena. Tenho muita saudade de nossa turma. Foram
momentos inesquecíveis acredito que para todas nós. Nossos
professores foram os melhores possíveis. Acredito que aí também
existam. Aproveitem a vida.
Um abraço a todas vocês! |
Mariúza Pelloso Lima
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Odete,
Minha amiga e aluna querida, que bom
você ter conhecido o nosso fórum! Eu me orgulho muito de você.
Há uns 5 anos atrás, entrou na UNATI, em Osasco, quieta, quase
não perguntava. Foi se modificando, se transformou em uma líder,
a mais bagunceira nas viagens (coitada de quem dormisse, porque
esta "baixinha" punha pasta de dente nos lábios das
dorminhocas). Participava de tudo: aulas do currículo,
atividades extras : vôlei, coral, teatro e eis o resultado -
hoje está fazendo faculdade - Ensino Normal Superior. Quanta
animação! Realmente o acesso à educação lhe mostrou novos
horizontes e você está sabendo o que quer e nada vai lhe impedir
de realizar muitos sonhos, ainda mais apoiada pelo maridão
(prof. Vicente, que era nosso professor de teatro). Parabéns!
Você é um estímulo para eu continuar crendo na gerontologia
educacional. Obrigada, viu amiga do coração. |
Mariúza Pelloso Lima comenta: |
Professora Grácia,
O seu texto realça a importância do
educador trabalhar com a comunicação, tanto escrita como oral,
no atual momento, também com os nossos idosos. É uma grande
oportunidade de lhes garantir a inclusão social, tão banida para
eles. Eu acompanhei este seu trabalho na UNATI, passo a passo e
vi as mudanças gradativas dos alunos, na maneira de pensar, de
se posicionar frente aos temas discutidos. À princípio, receosos
de emitir sua opinião, mas, posteriormente, se sentindo
fortalecidos pelo grupo e por você, acreditaram que seriam
capazes de falarem por si e o fizeram. A Revista "Engrama" é
fruto da sua crença no ser humano, como capaz de produzir
conhecimentos em qualquer fase da vida. Você conseguiu provocar
esta vontade, este desejo neles e com isso, se sentiram mais
respeitados, mais cidadãos. Parabéns amiga! Ah se houvesse mais
educadores como você! O mundo seria bem melhor. |
Grácia Lopes Lima
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Professora Mariúza,
A oportunidade de trabalhar com a
terceira idade, mais do que um desafio profissional,
transformou-se numa experiência inesquecível para mim. Pude,
trabalhando especialmente com estudantes mulheres, pensar a
minha vida e o meu próprio envelhecimento. Foi um tempo muito
bom aquele! Tomara que mais mulheres possam se valer dos meios
de comunicação para comunicar o que sentem e pensam, revelando
que, independente da idade, a vida continua se oferecendo pra
gente como um presente, pulsando forte como quem diz: “Vai,
menina! Aproveita, brinca, ri e seja feliz agora, neste
momento!”.
Obrigada, Mariúza pelo convite de trabalhar na FITO/FEAO e de
poder partilhar com mais gente , através deste fórum, um pouco
do que realizamos para a educação da terceira idade. |
Corina Ferreira Mendes
comenta: |
Olá Mariúza!
Como é bom ver o Portal do
envelhecimento ativo, com profissionais competentes como você, o
Dr. João e a Gracia, pessoas que conheço bastante e que sou
agradecida por tudo que aprendi com cada um. É estimulante ver
que vocês continuam ajudando quem quer aprender sobre como
envelhecer com qualidade de vida. Sou muito grata a você pois me
tornei uma pessoa melhor com tudo que me ensinou. Um abraço
carinhoso e espero revê-la em breve! |
Mariúza Pelloso Lima
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Corina, minha querida amiga,
Como aprendi com você, enquanto
professora e coordenadora da UNATI... A sua transformação foi
tão visível, tanto para nós como para os seus familiares.
Lembra-se de quando sua filha lhe escreveu uma carta dizendo da
nova "mãe" e "amiga" que tinha ganhado? De dona de casa,
revelou-se nossa repórter favorita, insuperável nas coberturas
dos eventos, das famosas "viagens culturais"!! A sua alegria no
coral! Conseguiu superar-se. Você confirma o que o Dr. João fala
no seu texto: da importância da auto-estima e usufruir da
sabedoria nesta faixa etária. E mais do que tudo, você está
conseguindo manter sua autonomia, vontade de viver e viver BEM.
Eu te amo muito. E agradeço o quanto você fez por todos nós da
UNATI. Obrigada pelo seu depoimento e um abração para você. |
Mirian Linhares Garcia
Pereira comenta: |
Minha velha e sempre nova amiga
Mariúza,
Tua palavra me comove e encanta,
como me encantaram os dias em que convivemos! Mais que estudar o
assunto, sabes acolher velhos e novos e dar vida a quem, muitas
vezes, já está pedindo passagem. Que bom que há gente assim,
procurando caminhos novos para quem está chegando na cancela.
Conforta-me e alegra-me ver-te fazendo brotar o riso, o riso da
esperança, da crença na alegria de continuar esperando o
trem...das onze? da chegada de todo dia, da coragem de recome...çar.
Beijos!!! |
Mariúza Pelloso Lima
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Miriam,
Quantas experiências educacionais
vivenciamos juntas na Fundação Bradesco. Sabe, quando decidi
mudar meu rumo de atuação, de início fiquei sem chão depois de
26 anos trabalhando no mesmo lugar. Como qualquer ser mortal,
temos resistências às mudanças. Acredite, meu carro, se eu não
prestasse atenção, ia direto para o portão da Fundação. Devagar,
fui me adaptando: novos estudos (Gerontologia) e nova profissão
(professora universitária e coordenadora de uma UNATI). Conheci
e continuo conhecendo muita gente com diferentes valores e modos
de pensar. Ah, você não imagina como mudei! Que delícia é viver
e partilhar desta diversidade. Cada um lhe ensina algo por vezes
muito importante ou aprendemos a dar menos importância à coisas
que nos eram fundamentais. Tornei-me uma professora-aprendiz o
tempo todo. Crescer junto com o outro é uma das melhores
experiência que podemos ter. Trabalhar Gerontologia,
principalmente educacional, tem sido uma realização: os meus
alunos-amigos têm muito a nos ensinar. Suas vidas "calam" fundo
em mim, e em todos que trabalham com eles. É impossível não nos
transformarmos. Eu desejo que você, ao ficar menos compromissada
com o trabalho, também realize seus sonhos: escreva seu livro
(pois tem muito a contar...), passeie bastante... sem pressa e
dia, horário para voltar; viva um intenso amor... ,e,
principalmente, outra IDENTIDADE. Nesta ocasião, deixará de ser
a Miriam do Bradesco (e no início, como disse, a gente parece
que perde a identidade) e escolha outra identidade ..."Miriam -
mãe da jornalista Juliana", ou "Miriam - a vovó da(o)....., ou o
que você quiser, mas não se esqueça deste meu conselho. Escolha
prazerosamente esta nova identidade e você nem vai sentir os
anos passarem. Quando estamos felizes e nos realizando, o tempo
passa muito depressa. Um abraço cheio de carinho. |
Carolina Lima comenta: |
Olá querida amiga, conselheira e
antes de tudo mãe!!!
Fico muito orgulhosa de ver mais um
dos seus lindos trabalhos na Gerontologia! Primeiramente quero
dizer parabéns e que pelo que fui olhando neste site, você foi a
pessoa mais requisitada. É isso ai, mãe, você merece. Sobre o
seu assunto, é uma pena mas ainda é complicado o assunto idoso.
Aqui nos EUA existe uma diferença muito grande, desde
transportes adaptáveis, como portas de estabelecimentos,
calçadas, apoios nos banheiros (tanto públicos como privados),
hotéis de idosos, etc. e muitas coisas mais que se ficar
escrevendo nem vai caber... A diferença é que é um pais de
primeiro mundo, com recursos disponíveis, e acima de tudo
vontade e respeito! Eles respeitam e muito o idoso. Nossa como
eles têm o seu valor aqui... gostaria que um dia, não muito
longe, as pessoas responsáveis parassem um pouco para dar
atenção ao trabalho de vocês. Vão ver a grande importância que
eles têm. Afinal, as pessoas importantes um dia serão idosas
também, e será muito tarde e triste quando perceberem as
dificuldades dos idosos, e serem tratados apenas como mais um
velho... Muito bom seu artigo e espero que você venha pra cá
para fazer mais sucesso ainda! Muito sucesso pra você, e tudo de
bom!!! Um beijo. |
Mariúza Pelloso Lima
 |
Oi Ana Carolina, minha filha
querida,
Fiquei deveras contente por você ter
visitado o Portal do Envelhecimento, e principalmente, o Fórum
deste mês. Acho que a procura foi boa, porque há muita gente na
faixa dos 50-70 anos buscando novas respostas para sua velhice.
E eu também me incluo. Nem me imagino ficar "parada" vendo a
vida passar. Adoro viver! É engraçado você morar em um
condomínio de velhos em Filadélfia, e bem aconchegante. Acho que
já está se acostumando com o meu trajeto... Sabe, filha, este
portal é mérito de todos que optaram pela Gerontologia. Cada
especialista, na sua especificidade, mas trabalhamos em
interdisciplinaridade. Cuidar dos idosos é isto: unir esforços,
compreendê-los, não somente nas doenças, mas nos seus desejos,
necessidades, etc. Obrigada pela sua participação e mande um
abraço para aquele senhor de 90 anos, seu vizinho, que há pouco
tempo comprou um computador e pede sempre para o Isaac, seu
marido, ir ajudá-lo a entrar na internet. Peça para o Isaac
mostrar a ele o Fórum, auxiliando-o na tradução. Quem sabe ele
sente que formamos uma grande rede de solidariedade para
atendê-los? Beijos mmiillll da mamãe. |
Esdras Trigo comenta: |
Olá Mariúza,
Parabéns pelo seu trabalho.A sua página está ótima. É uma
oportunidade para opinarmos e darmos relatos de nossa
experiência com idosos. É mais um canal para expormos nossas
idéias, saber mais sobre este assunto que é tão atual. Beijos e
obrigado pela oportunidade. |
Mariúza Pelloso Lima
 |
Esdras,
Que bom, um professor de lian-gong,
participar do fórum. Você sabe muito bem, após tantos anos
trabalhando com este segmento etário, como é difícil os idosos
terem interesse em atividades corporais: será por que têm dores?
por acomodação? Mas o fato é que se eles soubessem a importância
da mobilidade corporal, principalmente a proporcionada pelo
lian-gong, que foi escolhido como a melhor atividade para esta
faixa etária, pois é aparentemente suave, mas mexe com toda a
musculatura, ossos, recuperando movimentos e agilidades
perdidas. Lembro-me de depoimentos de alunas mais idosas, que
recuperaram a possibilidade de agachar, dobrarem os joelhos,
levantarem os braços para pendurar roupas, e tudo sem dores.
Caminharem melhor, com postura corrigida e com tênis. Fora a
parte emocional, que libera muitos sentimentos reprimidos.
Obrigada meu amigo e professor pela sua participação. Um abraço. |
Esdras Trigo comenta: |
Olá Grácia,
Visitei sua página e achei muito linda, muito bacana seu
trabalho, fiquei feliz pela divulgação do trabalho na UNATI.
Infelizmente aquilo tudo terminou, é lamentável que pessoas sem
nenhum conhecimento possa destruir algo tão positivo para
pessoas que tinham pela UNATI uma alternativa de obter
conhecimento, saúde, diversão, socialização etc... Beijos e
parabéns. |
Grácia Lopes Lima
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Olá Esdras!
Obrigada pelo carinho. Realmente o
trabalho da UNATI FITO/FEAO, sob coordenação da Mariúza, deixou
muita saudade... Quem não se lembra com emoção das suas aulas de
Lian-gong, quando o clima de harmonia, alegria e serenidade
tomavam o corredor da faculdade? O bom é que tudo que vivemos
naquele tempo ficou bem vivo em cada um de nós, não é verdade?
Um beijo grande |
Aparecida Salete Pilon Correa
comenta: |
Professora Mariúza,
Parabéns pelo seu trabalho e a
preocupação com os idosos. Acredito como você que é através da
educação que poderá ser mudado o quadro que hoje temos. Quando a
criança nasce, há alegria e elogios em tudo o que aprende, é
aplaudida porque está crescendo e aprendendo. Porque não fazemos
o mesmo com o idoso? Por que há descriminação, achando que não
há mais nada para se aprender ou para mostrar? Quantas histórias
poderiam ser contadas, relatos de vida, experiências que podem
servir de modelo para a sociedade... Acredito que cada um deve
procurar o seu lugar, basta querer e continuar a viver. |
Mariúza Pelloso Lima
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Salete,
Você, como psicopedagoga, quando
trabalha com crianças, vê rapidamente mudanças nelas, vencendo
os medos, as dificuldades, mediante um trabalho educacional
diferenciado. Imagine o que acontece com o idoso quando procura
ajuda na educação... Reforma seu pensamento e, com isto, sua
maneira de agir, sentir a sua vida. São muitos ganhos. Mas para
isto, ele tem que escolher! Tem que ir atrás. Ninguém pode mudar
por ele. Temos que estimulá-los a caminhar sempre... com a
tecnologia, com o prazer, auxiliando-o a ter um sentido na sua
vida. Beijos. |
Marília Berzins comenta: |
Parabéns pelos artigos. Precisamos
de espaços como este para a manifestação das idéias sobre o
envelhecimento e velhice. Precisamos investir na educação dos
idosos como via de inclusão social e ressignificação!!! |
Mariúza Pelloso Lima
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Obrigada, minha querida amiga e
companheira no caminho da conscientização dos idosos. Sei que
está pelo Brasil afora orientando, passando novos saberes sobre
o envelhecimento. Com sua empolgação, deve ter auxiliado muita
gente. Um abração!!! Aproveito o comentário da Marília para
agradecer, em meu nome, do Dr. João, da Grácia e da Vitória, a
todos que participaram deste Fórum: educação e envelhecimento -
garantia da cidadania do idoso, quer pela leitura, quer se
posicionando. Permitiu-nos mostrar nossos ideais, nossos
posicionamentos com todos estes novos problemas acerca da
velhice no momento atual. Pontuamos esta rica experiência, de
troca de saberes e fazeres, como o disse tão bem a profa. Vera,
com algumas palavras de Fernando Pessoa:
" De tudo, ficaram três coisas:
a certeza de que estamos sempre começando...
a certeza de que é preciso continuar...
a certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar...
Portanto devemos
fazer da interrupção um caminho novo...
da queda, um passo de dança...
do medo, uma escada...
do sonho, uma ponte...
da procura... um encontro. " |
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